O ex-servidor do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre Gomes Machado disse que procurou a Polícia Federal (PF) por medo de sofrer algum tipo de violência. Ele foi exonerado nesta terça (25) e disse à PF que sua saída ocorreu após ele informar irregularidades na inserção de propagandas eleitorais. A declaração foi dada em entrevista concedida ao site O Antagonista.
– Fui atendido pelo delegado de plantão, disse que temia pela minha integridade física. Tiraram meu crachá, minha credencial de o, sem nenhuma satisfação e na frente de todo mundo. Achei que estava sofrendo uma condução coercitiva – disse.
Alexandre, que fazia a coordenação do pool de emissoras que transmitem a propaganda eleitoral em rádio e TV, disse que foi escoltado até a saída do TSE e teve seu crachá retirado. O ex-servidor relatou que, antes de ser demitido, seu chefe teria voltado “pálido” após uma reunião.
– Tinha chegado esse e-mail que comprovava de alguma forma (a denúncia), porque a rádio estava itindo que deixou de ar 100 inserções. Vinte minutos depois, meu chefe vai para a reunião e volta pálido: “O Levi [secretário-geral do TSE, José Levi do Amaral Jr] falou que vai te exonerar. O ato de exoneração já está pronto” – disse.
Alexandre Gomes Machado esteve na Polícia Federal após ser exonerado
Machado ainda contou que, em 2018, depois que o TSE cassou o registro da candidatura de Lula, diversas emissoras continuaram divulgando propaganda com o petista, o que gerou uma série de reclamações. O ex-coordenador informou que foi nessa época que ele percebeu que o tribunal não possui nenhuma ferramenta capaz de fiscalizar o cumprimento dessa obrigação.
Sede da Polícia Federal em Brasília Foto: Agência Brasil/Marcelo Camargo
Servidor exonerado do TSE diz que foi à PF por temer violência
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