Professores Municipais de São Paulo Mantêm Greve e Realizam Protesto em Frente à Prefeitura
Na manhã desta terça-feira, 22 de outubro, professores municipais de São Paulo realizaram uma intensa mobilização, ocupando o Viaduto do Chá, em frente à sede da prefeitura. O ato culminou em uma assembleia, onde a categoria decidiu pela continuidade da greve, iniciada em 15 de abril, em resposta ao ime nas negociações salariais. Os educadores rejeitaram a proposta do governo municipal que previa um reajuste anual de 2,6% a partir de 1º de maio de 2025, e de 2,55% a partir de 1º de maio de 2026. Com cerca de 70 mil profissionais envolvidos, a greve tem como pauta central a reivindicação de um aumento salarial que respeite a inflação anual acumulada.
A manifestação começou no final da manhã e, após a assembleia, os professores deslocaram-se até a Avenida Paulista, onde protagonizaram um ato unificado com os sindicatos que representam a classe. Além do aumento salarial, os servidores apresentaram uma série de demandas, incluindo a incorporação de 44% pagos como abono complementar de pisos salariais tanto para ativos quanto para aposentados, a revogação dos 14% de contribuição previdenciária, a redução da jornada de trabalho para outras categorias da educação, como inspetores e merendeiras, e melhores condições de prevenção à saúde nas escolas.
Em resposta à paralisação, a prefeitura de São Paulo protocolou uma ação judicial visando à instalação de um dissídio coletivo de greve, e o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu uma liminar que determinou o funcionamento das escolas com pelo menos 70% dos profissionais presentes, sob pena de multa diária de R$10 mil para cada sindicato envolvido na movimentação.
A categoria está agendada para nova mobilização nesta quarta-feira, 23 de outubro, quando a proposta salarial da prefeitura deverá ser avaliada na Câmara dos Vereadores. Existe a possibilidade de votação em uma sessão extraordinária. Além disso, uma nova assembleia foi convocada para quinta-feira, novamente na sede do legislativo paulistano.
Colaborou Matheus Crobelatti, estagiário sob supervisão de Eduardo Correia
Professores municipais de SP decidem continuar greve
Fonte: Agencia Brasil.
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