Taxa de desocupação no Brasil fica em 6,6% no trimestre encerrado em abril de 2025
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) referentes ao trimestre móvel de fevereiro a abril de 2025. A taxa de desocupação foi estimada em 6,6%, apresentando pouca variação em relação ao trimestre de novembro de 2024 a janeiro de 2025 (6,5%). Comparada ao mesmo período do ano anterior (fevereiro a abril de 2024), houve queda de 1,0 ponto percentual, visto que a taxa naquele período foi de 7,5%.
A população desocupada totalizou 7,3 milhões de pessoas, número estável frente ao trimestre anterior (7,2 milhões), porém 11,5% menor que o registrado no mesmo trimestre de 2024 (8,2 milhões), o que corresponde a uma redução de 941 mil pessoas.
Em relação à população ocupada, o número foi estimado em 103,3 milhões, com estabilidade no trimestre e aumento de 2,4% no comparativo anual, significando 2,4 milhões de pessoas a mais no mercado de trabalho. O nível de ocupação — percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar — manteve-se em 58,2% no trimestre, com crescimento de 0,9 ponto percentual em relação ao ano anterior, quando era de 57,3%.
A taxa composta de subutilização, que inclui desempregados, subocupados e pessoas na força de trabalho potencial, registrou 15,4%, estável diante do trimestre anterior (15,5%) e recuou 2,0 pontos percentuais na comparação anual (17,4%). A população subutilizada totalizou 18,0 milhões, número também estável no trimestre e com redução de 10,7% no ano (menos 2,1 milhões de pessoas).
No recorte das condições de trabalho, a população subocupada por insuficiência de horas foi de 4,7 milhões, com estabilidade no trimestre e queda de 10,5% em relação ao ano anterior (menos 547 mil pessoas). A população fora da força de trabalho somou 66,8 milhões, sem variações significativas nos períodos analisados.
A população desalentada, pessoas que desistiram de procurar trabalho, ficou em 3,1 milhões, estabilidade no trimestre e redução de 11,3% no ano (menos 392 mil pessoas). O percentual de desalentados na força de trabalho foi de 2,7%, mantendo-se estável frente ao trimestre anterior (2,8%) e registrando queda de 0,4 ponto percentual em relação ao mesmo trimestre de 2024 (3,1%).
O número de empregados no setor privado com carteira assinada atingiu 39,6 milhões, um recorde registrado pelo IBGE. Houve crescimento de 0,8% no trimestre (mais 319 mil pessoas) e alta de 3,8% no ano (mais 1,5 milhão). O contingente de empregados sem carteira permaneceu estável em 13,7 milhões tanto no trimestre quanto no ano.
No setor público, o número de empregados foi estimado em 12,7 milhões, com aumento de 1,8% no trimestre e crescimento de 3,5% no ano (mais 427 mil pessoas). Trabalhadores por conta própria totalizaram 26,0 milhões, estáveis no trimestre e em alta de 2,1% no ano (mais 544 mil). Já o número de trabalhadores domésticos permaneceu em 5,8 milhões, sem alterações significativas.
A taxa de informalidade ficou em 37,9% da população ocupada, correspondendo a 39,2 milhões de trabalhadores informais. No trimestre anterior, o percentual foi de 38,3% (39,5 milhões) e, no mesmo período de 2024, de 38,7% (39,0 milhões).
O rendimento real habitual médio de todos os trabalhos foi estimado em R$ 3.426, estável em relação ao trimestre anterior e com crescimento de 3,2% no comparativo anual. A massa de rendimento real habitual alcançou R$ 349,4 bilhões, mantendo-se estável no trimestre e crescendo 5,9% no ano (R$ 19,5 bilhões a mais).
A força de trabalho brasileira, composta por pessoas ocupadas e desocupadas, atingiu 110,5 milhões, representando crescimento de 0,3% (mais 357 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e expansão de 1,4% (mais 1,5 milhão) comparado ao mesmo período de 2024.
Na análise por grupamentos de atividade, considerando o trimestre de novembro de 2024 a janeiro de 2025, houve aumento de 2,2% (mais 405 mil pessoas) no setor de istração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais. Os demais agrupamentos não apresentaram variações significativas.
Na comparação anual, entre fevereiro a abril de 2025 e o mesmo período de 2024, cinco agrupamentos tiveram crescimento: Indústria Geral (3,6% ou 471 mil pessoas a mais), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (3,7% ou 696 mil pessoas a mais), Transporte, armazenagem e correio (4,5% ou 257 mil pessoas a mais), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e istrativas (3,4% ou 435 mil pessoas a mais) e istração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,0% ou 731 mil pessoas a mais). O grupamento de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura teve uma redução de 4,3%, correspondendo a 348 mil pessoas a menos.
Quanto ao rendimento médio mensal real habitual por grupamento de atividade, houve aumento no setor de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, com crescimento de 3,4% (R$ 71 a mais) no trimestre recente. No comparativo anual, cinco grupos apresentaram aumento nos rendimentos: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (6,1% ou R$ 124 a mais), Construção (8,3% ou R$ 203 a mais), Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (3,3% ou R$ 91 a mais), istração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,5% ou R$ 115 a mais) e Serviços domésticos (4,5% ou R$ 56 a mais).
Em relação ao rendimento médio real por posição de ocupação, o trimestre de fevereiro a abril de 2025 apresentou estabilidade em comparação ao trimestre anterior. Quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior, trabalhadores domésticos e trabalhadores por conta própria registraram aumento nos rendimentos médios de 4,5% (R$ 56 a mais) e 5,1% (R$ 138 a mais), respectivamente.
PNAD Contínua: taxa de desocupação é de 6,6% e taxa de subutilização é de 15,4% no trimestre encerrado em abril