A presidente da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques, anunciou a desobrigação do uso de gravatas na instituição em evento interino nesta 3ª feira (26.jul.2022). O ato simbolizaria a transição que o banco busca promover após a saída do ex-presidente do banco Pedro Guimarães, acusado de assédio sexual e moral.
Marques disse também na reunião que o banco não é lugar de piadas sexistas e criticou atitudes do antecessor, sem citar o nome de Pedro Guimarães, de acordo com reportagem da rádio CBN.
A nova presidente flexibilizou, ainda, o uso de peças de roupa de cor vermelha, que teria sido proibido por Guimarães pela associação ao PT. Há pouco mais de 20 dias no cargo, Marques tem planejado políticas para o público feminino no banco.
Nesta 3ª feira (26.jul), o MPT (Ministério Público do Trabalho) instaurou um inquérito contra Pedro Guimarães e determinou que a Caixa apresente documentos sobre procedimentos de denúncias contra o ex-presidente do banco no prazo de 10 dias. Antes, em 13 de julho, o ministério recomendou que a Caixa não pague a Guimarães a remuneração compensatória de R$ 56.000 mensais.
Funcionárias da Caixa acusaram Guimarães por assédio, notícia divulgada em 28 de junho. O ex-presidente do banco negou as denúncias e disse que estava sofrendo um “massacre insano e inquisitorial“.
Em 29 de junho, Guimarães enviou uma carta de demissão ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e foi substituído por Marques, então secretária de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia e braço direito do ministro Paulo Guedes.
Marques desobriga uso de gravatas na Caixa após Guimarães
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