Uma série de ataques a veículos, prédios públicos e torres de telefonia no Ceará resultou em três mortes e seis suspeitos detidos pela polícia. Os atos ocorreram ao longo do fim de semana em diferentes bairros de Fortaleza e em três cidades do interior do estado.
Após as ações, o governo reforçou o policiamento nas ruas, com escolta a ônibus e helicópteros.
A polícia acredita que a onda de terror tenha sido orquestrada por facções criminosas para intimidar o governo a não instalar bloqueadores de celulares nos presídios.
“Estes atos criminosos, que se assemelham a atos terroristas, têm ocorrido por interesses contrariados desses bandidos, que buscam afrontar o Estado e amedrontar a população. Essas ações serão respondidas com força, à altura que for necessário”, disse o governador do Ceará, Camilo Santana.
Em Fortaleza, os ataques começaram na madrugada de sábado (24), quando três criminosos que teriam tentado atacar o prédio da Secretaria da Justiça e Cidadania morreram após trocarem tiros com policiais militares, segundo o governo. Um quarto bandido fugiu.
O governador e outras autoridades, como o presidente do Senado, Eunício Oliveira, e o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, já haviam sido ameaçados por bandidos que atacaram uma agência dos Correios na última quinta-feira.
Na ação, os criminosos deixaram um bilhete avisando sobre ataques a equipamentos públicos, caso sejam instalados bloqueadores de celular nas unidades prisionais.
Só na capital, seis ônibus foram incendiados entre sábado e domingo (25). A frota chegou a ser recolhida no sábado e só voltou a circular em comboio com escolta policial.
Os bandidos também lançaram bombas caseiras contra as sedes das Secretarias Executivas Regionais 3 e 4 e atiraram no prédio do Juizado Especial Cível e Criminal, no bairro Itaperi. Duas antenas de telefonia foram danificadas nos bairros Jardim Iracema e José de Alencar.
No interior, os ataques aconteceram em três cidades. Em Cascavel, bandidos atearam fogo em um depósito de veículos apreendidos, atingindo cerca de 50 carros e motos. Em Sobral, o prédio da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops) também foi atacado. Em Caucaia, um ônibus foi incendiado.
