Políticas Públicas para Pacientes com Esclerose Múltipla são Tema de Debate na ALES
Na sessão da Tribuna Popular desta quarta-feira (7), a necessidade de criação de políticas públicas específicas para pessoas com esclerose múltipla foi abordada por Thaiany Otto, uma paciente que vive com a condição. A discussão ocorreu a convite do deputado João Coser (PT).
Thaiany destacou o aumento na conscientização sobre a esclerose múltipla, embora a doença ainda seja considerada rara e muitas vezes "invisível". Ela enfatizou a importância do diagnóstico precoce para mitigar sintomas e evitar sequelas permanentes, problema que pode ocorrer quando a esclerose é descoberta em estágios avançados.
Atualmente, não existem dados oficiais sobre o número de pacientes diagnosticados no estado, mas estimativas indicam que cerca de 700 pessoas convivem com a doença. O Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Hucam) é a unidade de referência para o tratamento, embora Thaiany tenha esclarecido que não é um hospital de o direto, exigindo encaminhamento médico para atendimento.
A oradora pontuou que, apesar das dificuldades no o para os moradores da Grande Vitória, a situação é ainda mais crítica para aqueles no interior do estado, que frequentemente enfrentam longas filas de espera por diagnóstico. "Às vezes, a espera por auxílio médico pode levar a mais de oito meses", contou Thaiany.
Embora o tratamento seja custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo que muitos pacientes não precisem arcar com os altos custos, que podem chegar a R$ 10 mil mensais, Thaiany alertou para a falta de dados e de políticas públicas voltadas ao assunto. Ela ressaltou a importância de um hospital de referência que seja, de fato, ível e que exames necessários, como a ressonância magnética, não tenham filas de espera que cheguem a seis ou oito meses.
"A falta de informação e a demora no atendimento podem levar a um agravamento da doença e ao comprometimento da qualidade de vida dos pacientes. Precisamos de ajuda para assegurar o direito à saúde", afirmou.
Entre os sintomas da esclerose múltipla estão fadiga intensa, dificuldades motoras, dormência, alterações cognitivas e emocionais. Embora não haja cura, o tratamento é crucial para o controle da doença.
Outro orador na sessão foi José Manoel Moraes de Lima, que discutiu questões enfrentadas por pacientes do SUS nas unidades básicas de saúde e de pronto atendimento, a convite do deputado Delegado Danilo Bahiense (PL).
Fonte: Assembleia Legislativa do ES.
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